A Apple está tomando medidas em resposta às próximas regulamentações da União Europeia (UE) referentes a mercados digitais (DMA). A partir de março de 2024, os desenvolvedores terão a capacidade de distribuir aplicativos por meio de lojas alternativas nos dispositivos Apple. No entanto, Thierry Breton, representante-chefe da UE para a indústria, adverte que a Apple pode enfrentar graves consequências caso as mudanças implementadas não estejam em conformidade com as regulamentações futuras, de acordo com a Reuters.
A partir de 7 de março de 2024, os desenvolvedores poderão disponibilizar lojas de aplicativos alternativas nos iPhones e optar por não usar o sistema de pagamento interno da Apple, que enfrentou críticas devido às taxas de comissão que chegam a 30%. Embora esse movimento seja considerado um passo em direção à conformidade com o DMA, os críticos argumentam que as mudanças podem não ser suficientes e potencialmente violar as novas regulamentações.
Em uma entrevista à Reuters, Breton enfatizou o compromisso da UE em criar mercados digitais justos e abertos, afirmando: “O DMA abrirá as portas da internet para a concorrência, de modo que os mercados digitais sejam justos e abertos. Mudanças já estão acontecendo. A partir de 7 de março, avaliaremos as propostas das empresas em cooperação com terceiros.” Ele também acrescentou: “Se as soluções propostas não forem suficientes, não hesitaremos em tomar medidas fortes”.
Sob o novo regime da UE, os desenvolvedores ainda precisam enviar aplicativos para análise à Apple para garantir a conformidade com os princípios de cibersegurança e evitar fraudes óbvias. Além disso, os usuários da Apple na UE terão a opção de escolher o navegador da web padrão e aplicativos de pagamento sem contato, oferecendo maior flexibilidade em suas escolhas digitais.
No entanto, preocupações continuam surgindo em relação à estrutura de taxas da Apple. Os desenvolvedores que optarem por não usar a App Store e o sistema de pagamento da Apple ainda estarão sujeitos a uma “taxa de tecnologia central” de 50 centavos de euro por conta de usuário anualmente. A Apple esclareceu que essa taxa se aplica apenas aos desenvolvedores que aceitam os novos termos comerciais.
Navegando pela paisagem regulatória em mudança da União Europeia, a gigante de tecnologia enfrenta escrutínio crescente, onde o DMA serve como um indicador de promoção da concorrência justa e da abertura do mercado no mundo digital. As próximas semanas serão cruciais, já que as empresas apresentam suas propostas e a UE avalia sua conformidade com as novas regulamentações.
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