Roman GłogulskiPesquisadores da Universidade Griffith conduziram estudos sonar que permitiram a identificação de uma vasta área submersa, com o dobro do tamanho da Grã-Bretanha, ao largo da costa da Austrália. Essa descoberta sugere que esta área, conhecida como a “Atlântida” australiana, pode ter sido habitada por até meio milhão de pessoas.
De acordo com a arqueóloga Kasih Norman, essa área era parte de um paleocontinente que ligava a Austrália, a Nova Guiné e a Tasmânia modernas. Mapas do leito do mar revelaram que entre 71.000 e 59.000 anos atrás, os níveis do mar eram aproximadamente 40 metros mais baixos do que são hoje, expondo uma vasta área de terra submersa.
As pesquisas também mostraram a presença de canais de rio sinuosos na área submersa, indicando que pessoas poderiam ter vivido ali. Norman estima que esta área poderia ter acomodado entre 50.000 e meio milhão de pessoas.
Os cientistas apontam que o fim da última Era do Gelo causou o aumento do nível do mar, forçando a população que habitava essa plataforma continental a migrar. Nos últimos 14.000 anos, milhares de quilômetros quadrados de terra foram inundados pelo mar.
Os pesquisadores afirmam que a descoberta desta área submersa tem uma significância arqueológica importante e pode encorajar estudos adicionais nesta região. Também abre novas possibilidades para compreender a história e a cultura das pessoas que habitaram essa área milhares de anos atrás.
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